Testes Farmacogenéticos no Tratamento de depressão
A resposta aos medicamentos anti-depressivos é muito individual. Portanto muitas vezes os paciente com depressão sofrem até encontrar um tratamento que melhore seus sintomas sem trazer efeitos colaterais. Atualmente existem testes genéticos que se propõem a prever a resposta individual de um paciente aos antidepressivos.
Estes testes identificam o perfil genético do paciente e assim prevêm quais antidepressivos tendem a acumular no organismo ou a ser eliminados muito rapidamente. Desta forma eles orientam o psiquiatra quanto ao melhor medicamento e à dose mais adequada para aquele paciente. Estes testes parecem promissores. No entanto eles ainda são muito caros e há dúvidas se eles realmente melhoram a resposta ao tratamento.
Os estudos recentes
Recentemente foi publicado um estudo sobre os testes farmacogenéticos no The Journal of Clinical Psychiatry. Os autores realizaram uma revisão de artigos que analisaram se os testes farmacogenéticos são mesmo efetivos no sentido de melhorar a qualidade do tratamento e também a relação custo/benefício do uso destes testes.
Os autores concluiram que há um número limitado de estudos clinicamente relevantes publicados até o momento. Destes, a maioria demonstra que há de fato utilidade clínica na testagem genética. O tratamento guiado pela testagem resultou em maior redução dos sintomas depressivos e maior taxa de remissão dos sintomas em 8 a 12 semanas. No entanto, não há estudos suficientes até o momento avaliando a relação custo-benefício e nem demonstrando melhora dos indicadores de saúde como um todo.
Tendo em vista este resultado podemos concluir que precisamos de mais estudos para realmente desenvolver diretrizes para o uso dos testes farmacogenéticos na população em geral. Neste momento sua utilização ainda deve ser avaliada caso a caso, levando-se em consideração experiências prévias do paciente e o custo da testagem.
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