A depressão é um problema de saúde pública
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) publicados em 2017, a depressão afeta cerca de 4,4% da população mundial e 5,8% da população no Brasil.
Episódios depressivos podem ser graves e estão relacionados a maior risco de incapacitação para o trabalho, várias doenças clínicas e, em casos graves, podem levar ao suicídio, sendo portanto um importante problema de saúde pública.
Felizmente a depressão tem tratamento. No entanto, apesar de existirem vários tratamentos comprovadamente efetivos, muitas pessoas não conseguem recebê-lo devido a falta de informação, falhas no diagnóstico, falta de acesso ao tratamento, ou preconceito.
O aumento da informação e do acesso ao tratamento para depressão vem sendo considerado uma prioridade para a OMS. A intenção desta página é trazer um pouco mais de informação sobre o que é a depressão, quais são seus sintomas e sobre os tratamentos disponíveis. Caso você tenha dúvidas ou perguntas, fique à vontade para entrar em contato conosco.
O que é depressão e quais são os seus sintomas?
Os episódios depressivos podem ocorrer uma única vez ou ser a manifestação de uma doença recorrente, como o transtorno depressivo recorrente ou o transtorno afetivo bipolar. Em cada um destes casos o episódio depressivo pode ser considerado leve, moderado ou grave, de acordo com a gravidade dos sintomas.
Os sintomas de um episódio depressivo podem incluir:
- Sentimento de tristeza ou depressão
- Cansaço ou diminuição no nível de energia
- Diminuição no interesse e prazer na realização de atividades que anteriormente eram prazerosas
- Alterações do sono (insônia ou aumento da necessidade de sono)
- Alterações do apetite (redução ou aumento do apetite)
- Sentimentos de culpa e/ou baixa autoestima
- Sentimentos de desesperança
- Sentimentos de fragilidade e insegurança, dificuldade de tomar decisões
- Dificuldade de concentração
- Pensamentos de morte e suicídio
Como pode ser observado na descrição dos sintomas, a depressão é diferente de tristeza ou flutuações normais do humor. Na depressão além do sentimento de tristeza e desânimo há uma alteração na forma em que a pessoa vê e sente o mundo, tendendo a ver a si próprio e a sua realidade sempre com um viés negativo. Os sintomas são persistentes e interferem com a capacidade funcional do paciente.
A causa da depressão não é totalmente conhecida. Estudos evidenciaram que há fatores genéticos, biológicos, psicológicos e ambientais envolvidos.
Como é o tratamento da depressão?
O tratamento da depressão envolve o uso de medicamentos e/ou psicoterapia. A escolha do tratamento depende da gravidade dos sintomas, da resposta clínica a possíveis tratamentos anteriores e da preferência pessoal do paciente.
A depressão no período puerperal
O puerpério é um momento de intensas mudanças e estresse para a mulher, com alterações hormonais importantes e abruptas, privação de sono e sobrecarga física. Além disto é um momento intenso do ponto de vista psicológico, com o aumento da demanda de responsabilidade, mudança de papéis na vida familiar, entre outros fatores.
Alterações do humor, cansaço físico, momentos de choro fácil, sensação de fragilidade e insegurança são sentimento relativamente comuns no período pós-parto. Estudos mostram que estes sentimentos estão presentes em cerca de 70% das mulheres. No entanto, eles são transitórios e tendem a melhorar em até duas semanas.
A depressão puerperal é um sofrimento mais grave e duradouro. Ela pode ter início durante ou após a gestação, na maioria dos casos iniciando cerca de 2 a 3 meses após o parto.
Estudos no mundo inteiro mostram que entre 10 e 20% das mulheres sofrem de depressão pós-parto. Os estudos no Brasil mostram que este número chega a 25% em grupos de mulheres com menor suporte social e pouca ajuda familiar. Estes números são alarmantes uma vez que a depressão interfere diretamente com a capacidade da mãe de cuidar de si própria e do bebê.
A mulher com depressão pós-parto apresenta os sintomas gerais de um episódio depressivo, mas pode também ter sintomas mais específicos referentes à relação com o bebê. Por exemplo, ela pode ter dificuldade de sentir afeto e interesse pelo bebê e se sentir muito culpada por isto. Pode sentir-se irritada e ter pensamentos agressivos direcionados ao bebê. Geralmente estes pensamentos são intrusivos, trazem muita culpa e resultam em medo de estar sozinha com o bebê.
A depressão puerperal geralmente vem acompanhada de muita culpa e vergonha. Estes sentimentos acabam inibindo a busca por ajuda.
A depressão puerperal pode ser grave. Sintomas depressivos ou qualquer alteração de comportamento em uma mulher em período puerperal devem ser levados a sério e sempre avaliados por um psiquiatra para garantir o bem-estar e a segurança da mãe e do bebê.
O tratamento da depressão purperal envolve o uso de medicamentos, psicoterapia e orientação familiar. O envolvimento da família e aumento do suporte social é muito importante nestes casos.
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